quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Rio
O Rio tem o seu cheiro... O rio tem o nosso cheiro
Cheiro de momentos de desespero por você
Cheiro de momentos de alegria com você
Cheiro de delirios lisérgicos e raiva por nada ter dado certo
O Rio tem a sua textura... O rio tem a nossa textura
Tatear a maresia que paira no ar é tocar nas lembranças cheias de prazer que todo inicio tem
É acariciar o desespero de um fim cheio de lamentos
É sorrir e chorar frente aos acontecimentos
O Rio tem o seu sabor... O rio tem o nosso sabor
Sabor do sal, do sol, da pele lisa e morena, do chopp gelado do boteco de rua de qualquer esquina
Sabor de esperança compartilhada
Sabor de saliva estancada no meio da garganta por não conseguir engolir mais nada
É na beira do rio que arremato os finos fios que teceram nossa história
Escorre por entre as lembranças dos sentidos um Rio de outrora
Ana Flávia Rocha
sábado, 20 de outubro de 2012
Um Ser Curioso
Minha essência não é só de urgências
Minha essência não é só de carências
Minha essência não é só de carências
Há algo maior que desperta uma chama e
me movimenta
Em direção a um ponto natural
Talvez uma pitada de interesses
misteriosos
Ou somente um querer saber além do
planejado
E quando não estou mais no controle
Deleito-me e me entrego ao inesperado
Enfeita minha essência um curioso
animal
Ana Flávia Rocha
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Meu filho
Meu filho é um menino azul
Que solta pipas multicoloridas
No céu avermelhado de Brasília
Meu filho carrega em si o grão da vida
Fonte geradora da certeza
Que de minhas entranhas nasce a beleza
Olhá-lo é aprender
Criá-lo é crescer
Admirá-lo é crer
No florescer constante dos dias
Meu filho é um mistério profundo
Ancora no mundo
Matéria prima de poesia e grandeza
Ana Flávia Rocha
Que solta pipas multicoloridas
No céu avermelhado de Brasília
Meu filho carrega em si o grão da vida
Fonte geradora da certeza
Que de minhas entranhas nasce a beleza
Olhá-lo é aprender
Criá-lo é crescer
Admirá-lo é crer
No florescer constante dos dias
Meu filho é um mistério profundo
Ancora no mundo
Matéria prima de poesia e grandeza
Ana Flávia Rocha
domingo, 14 de outubro de 2012
Já devia estar aqui
Essa noite preciso do teu beijo, da tua língua, da tua pele
e algo mais
Essa noite pesa a tua ausência, cheiro teus sabores, sinto
tua sombra e meu peito pesa pequeno, apertado, derretido...
Essa noite tudo que é matéria em mim grita teu nomeEssa noite preciso do teu folêgo, do teu fogo, do teu colo, não me calo
Essa noite preciso só de ti...
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Na pista
Basta, já não te quero
Tu és um néscio
Um mero pós-marxista...
E meu coração, caro amigo,
É anarquista
Só se inflama quando está na pista.
Ana Flávia Rocha
Tu és um néscio
Um mero pós-marxista...
E meu coração, caro amigo,
É anarquista
Só se inflama quando está na pista.
Ana Flávia Rocha
sábado, 6 de outubro de 2012
Seu cheiro
Seu cheiro doce
e azedo
Seu cheiro de gente
Perfume perene
Lembra casa, lembra os dias, lembra poesia
Seu cheiro na memória
Odor suave de outrora
Lembra fantasia, lembra os sonhos, lembra ilusão
Na memória dos sentidos, vagam as palavras
Se lavo meu corpo, perco seu cheiro
Se durmo suada, seu cheiro se espalha
Ana Flávia Rocha
Impregnado em
meus cabelos
Lembra corpo,
lembra os gozos, lembra mãosSeu cheiro de gente
Perfume perene
Lembra casa, lembra os dias, lembra poesia
Seu cheiro na memória
Odor suave de outrora
Lembra fantasia, lembra os sonhos, lembra ilusão
Na memória dos sentidos, vagam as palavras
Se lavo meu corpo, perco seu cheiro
Se durmo suada, seu cheiro se espalha
Ana Flávia Rocha
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