Saber-se é
Sentir que
Piso no nada
Por isso eu uivo
Com medo de ser escutada
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Movimento de deriva
No meio da rua
No meio do carnaval
Na gema
Tantas notas, tantas solas
E eu só ouvia um xequerê
Hipnotizada como a presa que escuta do rabo o chocalho
Bonito, teu olhar é condutor
ordena minha energia
Abre meu campo elétrico
Cadencia meu desejo, ouço o grito de cada parte do meu corpo
Harmonia, música, samba e paixão
É um grito, é o xequerê, é das missangas a cor, é o acorde
É o acordar, é o desejo, imenso desejo, pode chegar, pode vir!
Oração
Peço à força divina que eu reconheça todas as luzes azuis que me levam ao céu que trago em mim,
que eu tenha coragem de ver o meu destino e persegui-lo como um indio forte, faminto e caçador.
Que a minha fome alimente o meu espirito,
Que a minha dor revele a minha alma,
Que eu não recuse a minha força, cavalo que corre sabendo de si,
Que eu não recuse a minha força, cavalo que corre sabendo de si,
Que eu respeite o meu prazer com querer autonomo e soberano
Que meu caminho seja construido e seja fluido
Que não me falte confiança e fé no que já foi, no que virá e no que é
Que a beleza seja meu descanso
Que o amor seja meu horizonte e meu chão
Peço proteção
e agradeço o que sinto e o que sou
pois é de amor a Era que avisto....
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Amado Projetado
E
um dia tu retornarás a casa
Deitarás
diante de mim, vazio e sem sentido
Desperto
por algo além de ti
São
meus olhos que te dão vida
É
do meu olhar que necessitas
E
vives disperso, de par em par
Esperando
que te veja e te acolha
Mesmo
às avessas
Mesmo
a esmo de tuas ideias
Tu
defronte de mim
Venha
que te acolho, pois há tempos que te espero
Venha
e não fujas, temos muito que conversar
Tu,
cheio de roupas, cheio de feridas
Cansado
e roto dos dias que lutastes com o nada
Venha,
sei quem tu és
Venha,
sou sua morada...
...
amado projetado
Ana Flávia Rocha
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