segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Pelas ruas de POA

Como num transe
Devagar divaga
Por entre as ruas e as calçadas       
Sob o apelo de seus amantes
                                   
Nua em pelos
Transita no trânsito  
Tornando-se visível
Sob a vista de seus parceiros
                                     
Eis que a chuva cai
Lavando, leva o caos
Molhando, lava a alma

Colírio dos olhos aflitos
Desvenda o inacessível
De uma memória sofrível

Nua, se vê só
Filha única desse destino
Divaga e transita nas ruas
É apenas um indivíduo

Ana Flávia Rocha

quase haicai do dia


Não sou correio mas
sou Brasiliense