quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Não lugar

A onda que bate e volta, me leva ao desconhecido: 
Lugar onde não sou. 
A maré quando enche, encharca o coração. 
Leva-se um tempo para ser o que não se é. 
Leva-se um tempo para não se entender. 
Leva-se um tempo para nadar nas ondas das emoções. 
Sou praia, sal, água, tempestade, vento e trovão. 
Sou aquela que não tem previsão.
Sou o que espero não ser. 
Barco sem timoneiro que naufraga no oceano. 
Águas turvas da paixão...

Ana Flávia Rocha