A onda que bate e volta, me leva ao desconhecido:
Lugar onde não sou.
A maré quando enche, encharca o coração.
Leva-se um tempo para ser o que não se é.
Leva-se um tempo para não se entender.
Leva-se um tempo para nadar nas ondas das emoções.
Sou praia, sal, água, tempestade, vento e trovão.
Sou aquela que não tem previsão.
Sou o que espero não ser.
Barco sem timoneiro que naufraga no oceano.
Águas turvas da paixão...
Ana Flávia Rocha