Não sei o que a vida quer de mim
Não sei… mas tem algo que sabe e grita
Na calada da noite, no escuro do quarto, na palavra não dita e esquecida
Tenho enjoos, e meu corpo dói
Não padece, ainda, na esperança da letra
Que não tem forma, mas tem corpo
Minhas costas… espaldas, guarda costa, visão costeira, espaldar, espalhar, guardar…
Proteger o corte do peito
E o ano novo será no Pacífico, na costa oeste, rodeado de cordilheiras
Quem sabe assim a letra apareça e a boca vomite o verbo
Aí de mim que envelheço
Não sei… mas tem algo que sabe e grita
Na calada da noite, no escuro do quarto, na palavra não dita e esquecida
Tenho enjoos, e meu corpo dói
Não padece, ainda, na esperança da letra
Que não tem forma, mas tem corpo
Minhas costas… espaldas, guarda costa, visão costeira, espaldar, espalhar, guardar…
Proteger o corte do peito
E o ano novo será no Pacífico, na costa oeste, rodeado de cordilheiras
Quem sabe assim a letra apareça e a boca vomite o verbo
Aí de mim que envelheço
Ana Flávia Rocha