Meus excessos.
Minhas bordas.
A falta da palavra,
a dor no corpo,
o mal-estar na alma.
O céu nublado,
a lágrima contida,
a saudade que não acaba.
Meus —
tudo meu.
Medos que não me largam.
Ana Flávia Rocha
Meus excessos.
Minhas bordas.
A falta da palavra,
a dor no corpo,
o mal-estar na alma.
O céu nublado,
a lágrima contida,
a saudade que não acaba.
Meus —
tudo meu.
Medos que não me largam.
Ana Flávia Rocha
O galo
A chuva
O fim da viagem
A exaustão
Os rastros no corpo
Mas sempre tô procurando uma coisa
O aparecimento
da beleza
que surgi
da vida mesma
mesmo que feia
mesmo que insignificante
mesmo que não queira dizer
nada
Nem um retrato
Nem uma parada
Um movimente
Um instante
Que logo que se vê
desaparece
Como uma onça
numa floresta qualquer
Isso é
o que tô procurando
Esse poema foi um presente de alguém que não conheço - na falta de autoria, o poema é meu - presente.
Eu sou tua natureza —
perdida,
sem controle,
suja.
Sou o que dá
e o que tira,
implacável,
injusta,
mas com amor.
Sou o que desconhece e deseja,
fiel aos teus anseios,
estética reversa
de tudo que sonhou.