segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Retorno


Digo-lhes que não há nada no mundo externo que não esteja ligado ao meu mistério. Minhas conexões vão além do simples entender racional. Há uma sábia bruxa que os lê para mim. Sei que a cada passo que dou é de encontro à minha alma. Por vezes relutei, mas sua voz rouca e engasgada não deixava de roçar meus ouvidos... E meus mistérios me levaram a estradas distantes do concreto. Por vezes, queria acreditar estar sendo enganada, mas não... A velha me contou que para encontrar os aspectos sombrios é necessário sair um pouco do caminho. Saída estratégica para reconhecimento da força primeva. Saí, mas retornei. Não sou vitima de nada, apenas constelei o que dentro havia, para me libertar e criar poesias.

Ana Flávia Rocha

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Porvir


Por quantas vezes teremos de nos despedir para certificarmos que existe amor?
Quantas lágrimas terão de ser derramadas para regar o que sobrou?
Resistirá todo o sentimento que um dia nos embriagou?
Esse tempo que molda e muda e transforma poderia agora parar
Preciso de uma pausa para respirar
Pare o tempo, antes do ano se iniciar
Pois ainda não sei o que sonhar...
Mas a lua brilha no céu e ilumina a noite escura
Ela não sabe que a luz assusta
E que o porvir é poesia de gente maluca...

Ana Flávia Rocha

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cavalo, galope de expansão


Pergunto ao meu cavalo selvagem - Para onde queres ir?
Ele responde em relinchos e passos largos
Que quer ir a uma vida nova, sentir-se pertencido em liberdade,
Conhecer gente, mares, terras, sabores, apoiar lutas,
Transformar realidades, transformar-se, amar, o amor em si
Em seu sentido mais amplo, mais forte e mais desconhecido
O que ele quer é voar....