Carrego em
mim uma alma dilacerada
E um corpo
cortejado
Um
sentimento machucado
E os seios
fartos
Uma angustia
em meu peito
E os quadris
largos
Carrego culpas
e anseios
E entre as
pernas, um pulsar desenfreado
Ah deus, o
que faço com a vastidão da alma?
O que faço
com meu corpo animalesco?
O que faço
com os grilhões do pensamento?
Onde coloco
meus seios?
Onde sento
meus quadris?
Onde enrosco
minhas pernas?
Que tamanha
ironia é a finitude da vida
Que pulsa em
minhas entranhas
Se alastra
em meus delírios
Se
transforma em desejos
E que me faz
dormir sozinha, sentindo somente o meu cheiro...
Ana Flávia Rocha
Ana Flávia Rocha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBárbaro! Trágico, no entanto sensível, dramas e sutilezas, co‘habitam o mesmo universo, este ambiente poético que leva-nos a refletir sobre o aqui agora da vida!
ResponderExcluirViu só!!! Segui sua sugestão de trocar alguns vícios por poesias.
ResponderExcluirBeijos e obrigada
Que ótimo, fico muito lisonjeado, bjs!
ResponderExcluir