Na gira de terreiro
Preto velho me falou
Pra que se preocupar?
Há que se ter fé na vida
O que eu não sei,
Ele sabe, e isso bastará
Pra que se lamentar?
Há que se observar a natureza
O rio corre em uma só direção
O que foi, não voltará
Pra que lutar?
Há que saborear os momentos
A dor é como laranja,
Se chupada até o fim
O que sobra é o esquecimento
E ao som dos atabaques
Preto velho me contou
Que o amor só vale a pena quando há troca
E que o tempo é o acalento da alma
Ana Flávia Rocha
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