Que mistério é esse que invade meu corpo
Me deixando assim, cheia de desejos descompensados?
Que odor é esse que de repente sinto no ar
Despertando um olfato cheio de curiosidades?
Que olhar é esse que só enxerga o belo, o que arde
O que está pronto para ser atacado?
Que tato é esse que faz com que minhas mãos busquem
Um caloroso contato?
Acho que entrei no ciclo da procriação
E o que chamam de lobo mau é somente meu instinto
Me comendo pelas beiradas...
Ana Flávia Rocha
Amei!
ResponderExcluirum lobo adentro, um instinto,
ResponderExcluirdevorando-me pelos dois lados,
ele sabe quão incivilizados
são os desejos que calo e minto.
Esse afã que só fala em gritos,
ardendo, endurecido, afobado;
sem-amanhã, só-agora: diabo!
Quer comer o mundo com minha língua
e lamber o prato com meu pêlo...
Bom dia, Ana!
Maravilhosa confissão poética, instinto inevitável para quem se deixa transbordar por ele...
ResponderExcluirUma ótima quarta para você, Ana Flávia.
Ó Lua Cheia que brilha no céu!
ResponderExcluirSacia das entranhas o desejo vil
que atormenta a mente pequena
Ilumina da floresta escura as sombras
que bailam às escondidas
Anima do amador o coração sedento de ardor
Ensina do observador o olhar grato de paciência
Que na tua presença não teme mais a míngua do amor
E pulsa para todo o sempre
Amém!