terça-feira, 23 de agosto de 2016

So-minha

Quando chegou ocupou o quarto da cozinha
Lá ficava escondida  a me olhar
Com o tempo foi crescendo

Sua presença baldia
Alimentava-se de dores, choros, esquecimentos 

Alimentava-se de silêncios
Quando se apresentou a vi amiga

Não temia o que me trazia
Não entendia o que me dizia
Mas gostava de sua companhia...
Agora ela mora em meu quarto 

Se alimenta de meus sonhos
Dorme comigo, não me deixa sozinha
Essa dor que é só minha 


Ana Flávia Rocha

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