Era um vestido preto com flores estampadas
Grandes e coloridas, adornadas com poucas folhagens
Eram pétalas aveludadas, vistosas, que traziam cores à vestimenta
Sentada em um tapete com fibras brancas
A alça do vestido tombada sobre o
ombro, deixando-o desnudo
Deixando-a selvagem em meio à relva de fibras
felpudas
Aparentava doce e suave
Mas somente ela, como todos os seres, sabia-se gente
Amarga, retalhada, ferida e desgastada pela vida, apesar da pouca idade
Ela sabia-se ela, e isso bastava....
Ana Flávia Rocha