quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Aplica-Ativos

Era um sinal incessante
Lembrete de um cuidado
Um aviso externo, automático, e não sentido 
Hora de acordar, dormir, comer e beber
Hora de não ser

Na tentativa de lembrar-se de si
No desejo de que algo além gritasse
Que foi se desconectado do essencial
Aquilo que se guarda, se sabe e não se explica 
Pois nasce e morre órfão

E como não tem pais, não tem nome
Sem nome, não  há  direção
Sem direção apenas se é o que se pensa ser
E como alerta, bate a cada hora
A lembrar do que se deve
Mas nunca se compreende

Ana Flávia Rocha

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