Quem me rege é feita de ar
Etérea...
Não sabe onde mora
Mas sabe onde vai
Força destruidora
De ilusões passageiras
Vento, raio e trovão
Raio, trovão e vento
És tu minha guia
Sou eu quem te admira
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Percurso
No meio do caminho
Tinha outro caminho
Uma viela
Uma estrada
Uma direção
Tinha trilha
Tinha passagem
Tinha rumo
Tinha até uma atalho
Só não tinha
o pé no chão
ana barros
Tinha outro caminho
Uma viela
Uma estrada
Uma direção
Tinha trilha
Tinha passagem
Tinha rumo
Tinha até uma atalho
Só não tinha
o pé no chão
ana barros
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
EnFim
Amigo, brindemos
Nos escolhemos
Entre tantos o tanto
Necessário
Que nos trouxe até aqui
Juntos e separados
Recomeços, re-conexos
Exu ao avesso
...
Que se abram novos caminhos
Outros amores, outras dores
Novo aprender
...
Acabou o chorare
Ana Flávia Rocha
Nos escolhemos
Entre tantos o tanto
Necessário
Que nos trouxe até aqui
Juntos e separados
Recomeços, re-conexos
Exu ao avesso
...
Que se abram novos caminhos
Outros amores, outras dores
Novo aprender
...
Acabou o chorare
Ana Flávia Rocha
domingo, 22 de outubro de 2017
Cais
Eu só na beira do cais
Só eu no cais na beira
De bobeira
Vendo o vento
Assobiar...
Escutando os pássaros
Nadar...
Aprendendo a só
Ser cais e beira
Aprendendo a voar
Ana Flávia Rocha
Só eu no cais na beira
De bobeira
Vendo o vento
Assobiar...
Escutando os pássaros
Nadar...
Aprendendo a só
Ser cais e beira
Aprendendo a voar
Ana Flávia Rocha
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Vento
Há vento demasiado em mim
Derrubando certezas
Mudando meus rumos
Fazendo todo sentido voar
Há ventos feitos de sentimentos
Outros, de falta de cabimentos
Mas os ventos de excesso
Me fazem chorar
Quando venta dentro
Tudo fica em silêncio
Mudando meus rumos
Fazendo todo sentido voar
Há ventos feitos de sentimentos
Outros, de falta de cabimentos
Mas os ventos de excesso
Me fazem chorar
Quando venta dentro
Tudo fica em silêncio
Ana Flávia Rocha
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Ela
Era um vestido preto com flores estampadas
Grandes e coloridas, adornadas com poucas folhagens
Eram pétalas aveludadas, vistosas, que traziam cores à vestimenta
Sentada em um tapete com fibras brancas
A alça do vestido tombada sobre o
ombro, deixando-o desnudo
Deixando-a selvagem em meio à relva de fibras
felpudas
Aparentava doce e suave
Mas somente ela, como todos os seres, sabia-se gente
Amarga, retalhada, ferida e desgastada pela vida, apesar da pouca idade
Ela sabia-se ela, e isso bastava....
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Sequência Etílica
Água sacia a sede
Álcool sacia o ócio
Onde durmo não ha sossego
Por isso bebo
E não me importo
Versos pingam em mim
Na cabeça
Onde penso que durmo
...
Versos fogem
O poema, qual peixe
Desliza
Nas teias da cabeça
Rede frouxa de laços largos
Onde durmo
Não ha abraços
Ana Flávia Rocha
Álcool sacia o ócio
Onde durmo não ha sossego
Por isso bebo
E não me importo
***
Versos pingam em mim
Na cabeça
Onde penso que durmo
...
Versos fogem
***
O poema, qual peixe
Desliza
Nas teias da cabeça
Rede frouxa de laços largos
Onde durmo
Não ha abraços
Ana Flávia Rocha
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Viernes
De você?
Não sei se gosto
Mas do jeito que eu gosto
De você!
Ah... esse eu adoro
Por isso, não seja
Apenas aconteça
Ana Flavia Rocha
Não sei se gosto
Mas do jeito que eu gosto
De você!
Ah... esse eu adoro
Por isso, não seja
Apenas aconteça
Ana Flavia Rocha
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Aplica-Ativos
Era um sinal incessante
Lembrete de um cuidado
Um aviso externo, automático, e não sentido
Hora de acordar, dormir, comer e beber
Hora de não ser
Na tentativa de lembrar-se de si
No desejo de que algo além gritasse
Que foi se desconectado do essencial
Aquilo que se guarda, se sabe e não se explica
Pois nasce e morre órfão
E como não tem pais, não tem nome
Sem nome, não há direção
Sem direção apenas se é o que se pensa ser
E como alerta, bate a cada hora
A lembrar do que se deve
Mas nunca se compreende
Lembrete de um cuidado
Um aviso externo, automático, e não sentido
Hora de acordar, dormir, comer e beber
Hora de não ser
Na tentativa de lembrar-se de si
No desejo de que algo além gritasse
Que foi se desconectado do essencial
Aquilo que se guarda, se sabe e não se explica
Pois nasce e morre órfão
E como não tem pais, não tem nome
Sem nome, não há direção
Sem direção apenas se é o que se pensa ser
E como alerta, bate a cada hora
A lembrar do que se deve
Mas nunca se compreende
Ana Flávia Rocha
sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Serpente
Te deixarei amor
Te deixarei para ser
Para sempre
Serpente
Dormirei ao relento
Do lado de dentro da noite
Junto ao vento
Junto à morte
Descabida
Desentendida
Deslocada
Sem eira
Nem beira
Nem margem
Dissolvida de mim
Em plena liberdade...
Ana Flávia Rocha
Te deixarei para ser
Para sempre
Serpente
Dormirei ao relento
Do lado de dentro da noite
Junto ao vento
Junto à morte
Descabida
Desentendida
Deslocada
Sem eira
Nem beira
Nem margem
Dissolvida de mim
Em plena liberdade...
Ana Flávia Rocha
Poema Rabugento
Sou do poema escrito, musicado e cantado
Do choro com lágrimas pesadas
Soluços suspensos
Suspiros infundados
Sou da agonia e da raiva
Coração em estilhaço, com batidas aceleradas
Ora imperfeitas
Ora paradas
Sou do sonho, dormindo ou acordada
Da fantasia guiada
Não largo um poema na estrada
Não deixo um desgosto de lado
Sou velha e sombria
Rabugenta e nojenta
Imito os ancestrais ausentes
Nego os pais presentes
Sou o que desconheço
O que não vejo
O que não quero
Mas sou
Ana Flávia Rocha
O que não vejo
O que não quero
Mas sou
Ana Flávia Rocha
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Desejo
Meu desejo imenso
Do tamanho de um oceano
Quer tudo e nada entende
Quer o mundo e nada teme
Meu desejo intenso
Guia que alumia
As veredas da inconstância
As estradas que não são minhas
Meu desejo
Estrela guia
Tudo ouve, tudo vê
Eterno abandono do ser
E sem saber se vens ou se vais
Desejo, seja meu amigo
E não me esqueça jamais
Ana Flávia Rocha
Do tamanho de um oceano
Quer tudo e nada entende
Quer o mundo e nada teme
Meu desejo intenso
Guia que alumia
As veredas da inconstância
As estradas que não são minhas
Meu desejo
Estrela guia
Tudo ouve, tudo vê
Eterno abandono do ser
E sem saber se vens ou se vais
Desejo, seja meu amigo
E não me esqueça jamais
Ana Flávia Rocha
domingo, 27 de agosto de 2017
Salva-vida
Brisa seca de dias caldosos
Sol estridente
No fundo do horizonte
Boias amarelas no calmo lago nascente
Convite ao mergulho
Sem riscos de afogar
Proa, leme, vela
Pier, porto, embarcação
Na beira do lago
Voa a imaginação
Lembro-me dos sonhos noturnos
Me assusto comigo
Mas sei que é seguro o mergulho
Pois as boias amarelas irão me salvar
Ana Flávia Rocha
Sol estridente
No fundo do horizonte
Boias amarelas no calmo lago nascente
Convite ao mergulho
Sem riscos de afogar
Proa, leme, vela
Pier, porto, embarcação
Na beira do lago
Voa a imaginação
Lembro-me dos sonhos noturnos
Me assusto comigo
Mas sei que é seguro o mergulho
Pois as boias amarelas irão me salvar
Ana Flávia Rocha
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
Peixes
Teceu com a mais fina seda
Uma rede de fantasias
Sem saber que era peixes
Sem saber se o pescaria
Cintilante suas tramas
Nas tessituras da escama
Viu-se pega pela beleza
Viu-se presa da circunstância
Qual surpresa de menina
Perdeu-se na fantasia
Sem saber que era o peixe
E que a rede a pegaria
Ana Flávia Rocha
Uma rede de fantasias
Sem saber que era peixes
Sem saber se o pescaria
Cintilante suas tramas
Nas tessituras da escama
Viu-se pega pela beleza
Viu-se presa da circunstância
Qual surpresa de menina
Perdeu-se na fantasia
Sem saber que era o peixe
E que a rede a pegaria
Ana Flávia Rocha
sexta-feira, 21 de julho de 2017
quinta-feira, 20 de julho de 2017
Poderosa Selvagem
Convívio
Martírios
Virtuais
Fantasias
Secretas
Desejos
Desde cedo
Cedo
Ao medo
Pensar
Sentir
Calar
Etílico
Delírio
Coragem...
...e a catuaba,
Continua selvagem
Ana Flávia Rocha
Martírios
Virtuais
Fantasias
Secretas
Desejos
Desde cedo
Cedo
Ao medo
Pensar
Sentir
Calar
Etílico
Delírio
Coragem...
...e a catuaba,
Continua selvagem
Ana Flávia Rocha
quinta-feira, 13 de julho de 2017
Psiquiatras são falsos
(Paulo M. Chapa) 2016
Psiquiatras são sempre iguais
É rivotril e tarja preta
E te perguntam: - porque veio?
E eu digo, amigo:
- tudo agora mesmo pode estar por fio
E esse fio é a corda bamba sobre a qual caminho vendado
fantasiado de Pierrot, num sonho que se repete...
E ele responde apenas: hummm!
Psiquiatras são falsos como flores plásticas num funeral
Te deixam achar que sabem de algo muito especial
sobre o que realmente sentes
Chego duas horas antes
e caminho em volta do quarteirão
ensaio falas, truques e armadilhas
mas, só quero mesmo o perdão
eu só quero saber um jeito simples de amar, assim “sem
querer”
como quem anda de bicicleta, logo depois de aprender
como cigarra que vem e canta tudo de uma vez
Qual o primeiro porre,
você acha que morre...
mas revive tudo de novo
outra vez
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Regalo
Restaram felicitações longínquas
Permeadas de lembrança festejada
Não há poesias e nem mimos
Só há energia de abraçaço caetaneado
Quase quantico, quase nada
Na tentativa de fazer-me presente
Na quase ausência planejada
O meu presente
A minha ausência
O seu regalo
Ana Flávia Rocha
Permeadas de lembrança festejada
Não há poesias e nem mimos
Só há energia de abraçaço caetaneado
Quase quantico, quase nada
Na tentativa de fazer-me presente
Na quase ausência planejada
O meu presente
A minha ausência
O seu regalo
Ana Flávia Rocha
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Gymnopedies
A casa, as horas, as noites são só minhas
Sigo sozinha
Sem pressa para ocupar os vazios
Sem medo dos meus desafios
Sem hora para o despertar
Sigo aurora
Dores reinventadas
Prazeres alimentados
Alegrias sentidas
Tristezas bem vindas
Sigo poesia
Nó desatado da vida
Habita os momentos
Habita, e é só minha...
Lembranças me fazem companhia
Ana Flávia Rocha
Sigo sozinha
Sem pressa para ocupar os vazios
Sem medo dos meus desafios
Sem hora para o despertar
Sigo aurora
Dores reinventadas
Prazeres alimentados
Alegrias sentidas
Tristezas bem vindas
Sigo poesia
Nó desatado da vida
Habita os momentos
Habita, e é só minha...
Lembranças me fazem companhia
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 10 de abril de 2017
Despedida
Vá meu filho, pois meu útero não te cabe mais
Cresceste, como um gigante, e forte ficou
Vá antes que nosso amor adoeça
Antes que eu ameace
Podar suas asas para não voar...
Vá e cresça seus sonhos e desejos
E quando o mundo estiver do seu tamanho
Grande como você
Volte para me contar o que aprendeu
Ana Flávia Rocha
Cresceste, como um gigante, e forte ficou
Vá antes que nosso amor adoeça
Antes que eu ameace
Podar suas asas para não voar...
Vá e cresça seus sonhos e desejos
E quando o mundo estiver do seu tamanho
Grande como você
Volte para me contar o que aprendeu
Ana Flávia Rocha
quarta-feira, 15 de março de 2017
Coração III
Meu coração
Cada vez mais desvendado
Insisto em me aproximar
Devagar, com muito cuidado
Meu coração
Porta de entrada da minha essência
Sempre quando o sinto descontrolado
Paro e nada pergunto, pois ele nada pensa
Porta de entrada da minha essência
Sempre quando o sinto descontrolado
Paro e nada pergunto, pois ele nada pensa
Meu coração
Mar bravio que carrego no peito
Qual bussola me orienta
Eterno convite ao caminho do meio
Eterno convite ao caminho do meio
Ana Flávia Rocha
quinta-feira, 9 de março de 2017
Anjo de Mim
Sem te conhecer, me perco em ti olhando a mim
Quem é você que comporta tão bem minhas miragens, com sua voz grave e suave?
Quem é você que me deixa sem jeito diante da grandeza do prazer?
Quem é você que me embriaga de alegria, e me faz sonhar quando é dia?
Sem me conhecer, me perco em mim olhando a ti
Ana Flávia Rocha
Como se seu corpo portasse toda minha alma
Como se seu ser comportasse todo amor que não cabe em mim, e em ti transborda
Como se sua presença pudesse me encher de vida nova, trazendo um perdido frescor
Quem é você que me deixa sem jeito diante da grandeza do prazer?
Quem é você que me embriaga de alegria, e me faz sonhar quando é dia?
Venha pois tudo te espera: casa, cama, poemas, sonhos e fantasias
Venha que minha pele morena anseia os seus beijos, abraços e carícias
Venha e desvenda em mim o que só em ti vejo e tanto desejo
Sem me conhecer, me perco em mim olhando a ti
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 6 de março de 2017
Zeca
Amo ser quem te pariu
Amo o ser que pari
Sou-Me tu, com amor e muito respeito
Sou-te Me, livre das dores de te ter
Sou e Tu és
Para sempre parir a nós
Ana Flávia Rocha
Amo o ser que pari
Sou-Me tu, com amor e muito respeito
Sou-te Me, livre das dores de te ter
Sou e Tu és
Para sempre parir a nós
Ana Flávia Rocha
domingo, 5 de março de 2017
Pós-carnaval
De repente algo se transformou
Com unhas grandes e fortes
Dentes brancos e afiados
Um sorriso que coloca de lado
Sentimento soterrados
De repente algo além do esperado
Nasce das entranhas vazia
Uma onda que devasta todo o plano traçado
Lembranças de imaginadas fantasias
Jogadas no canto do quarto
Eram por nós
Tambores desejados
Purpurina espalhada
Fantasias criadas
Carnaval imaginado
E mesmo sozinha
Pulando ao seu lado
Ana Flávia Rocha
Com unhas grandes e fortes
Dentes brancos e afiados
Um sorriso que coloca de lado
Sentimento soterrados
De repente algo além do esperado
Nasce das entranhas vazia
Uma onda que devasta todo o plano traçado
Lembranças de imaginadas fantasias
Jogadas no canto do quarto
Eram por nós
Tambores desejados
Purpurina espalhada
Fantasias criadas
Carnaval imaginado
E mesmo sozinha
Pulando ao seu lado
Ana Flávia Rocha
sexta-feira, 3 de março de 2017
Coração Poeta
Meu coração
Viciado em sofreguidão
Vive a beira do abismo
Clama por quem não conhece
Temendo o rasgo da solidão
Minha razão
Viciada em explicação
Espera um dia loucamente
Adoecer de calmaria
E morrer de mansidão
Meu coração
Cavalo sem sela
Minha razão
Pobre poeta
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
Quando acordei
Quando a paixão se esvai
Quando escorre entre os dedos
Acontece uma falsa alegria
Uma tristeza carnavalesca
Uma euforia perdida
Quando o coração respira
As mãos, não mais frias,
Afaga o peito que incha
Acontece uma falsa tristeza
Uma melancolia silente
Uma alegria ausente
Quando eu acordei de dia
Vi o sol, o céu, as nuvens como véu
Vi meu corpo alterado pelo tempo
Vi a tristeza
Vi a alegria
E o chão molhado da tempestade tardia
Quando acordei de dia
Vi a noite, as estrelas, a lua como um cometa
Vi as mãos enrugadas
Vi a paixão
Vi o coração
E mesmo dia, havia escuridão
Quando acordei
Nunca mais quis dormir
Ana Flávia Rocha
Quando escorre entre os dedos
Acontece uma falsa alegria
Uma tristeza carnavalesca
Uma euforia perdida
Quando o coração respira
As mãos, não mais frias,
Afaga o peito que incha
Acontece uma falsa tristeza
Uma melancolia silente
Uma alegria ausente
Quando eu acordei de dia
Vi o sol, o céu, as nuvens como véu
Vi meu corpo alterado pelo tempo
Vi a tristeza
Vi a alegria
E o chão molhado da tempestade tardia
Quando acordei de dia
Vi a noite, as estrelas, a lua como um cometa
Vi as mãos enrugadas
Vi a paixão
Vi o coração
E mesmo dia, havia escuridão
Quando acordei
Nunca mais quis dormir
Ana Flávia Rocha
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Palavras Soltas
Palavras soltas
Iscas de pensamentos
Divagam sem saber
Os devaneios que alimentam
Palavras soltas
Movimentam
sentimentos
Expressam desejos
Escrevem poemas
Palavras soltas
Não querem ser rotas
Só querem corpo
Para dançar
Não querem ser rotas
Só querem corpo
Para dançar
Ana Flávia Rocha
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Coração-Mente
Meu coração
Pedaço de carne latente
Dorme nos braços da ilusão
De ser eterno e não perene
Meu coração
Dentro do peito de aço
Já tantas vezes machucado
Nas insistências da paixão
Meu coração
Segue a rota do desconhecido
Fiel ao desejo do corpo
Longe do planejado comigo
Meu coração Mente
As vezes bate sem saber o que sente
Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Pedaços
Eu hoje choraria por meus choros calados
Por mil lágrimas engolidas
Por tudo que meu coração gritou, mas minha cabeça negou
Choraria pela saudade presente, mas não sentida
Pelo descaso não perdoado
Pelo amor dado aos pedaços, e retirado quando revelado
Choraria pelos golpes dados e recebidos
Pelos poemas desperdiçados e desfeitos
Pelos poemas não construídos
Por tudo isso choraria com uma mão no peito e outra na boca
Para abafar o grito da fúria que agora destrói o que
sentia
Aos pedaços
Consentiria um abraço apertado
Ao ponto de
restituir aquela alegria
De juntar todos os meus cacos
Espalhados por minhas
ventanias...
Ana Flávia Rocha
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