quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Lírios

És tu que me alimenta nessas noites cinzentas
Que choro a ausência de um amor tardio
Surgido de um campo cheio de lírios
Apareces do nada, trazendo nas mãos doces palavras
Enchendo de ternura meus pensamentos
Acompanhando nessas desventuras
A saga de uma mulher pintada
Pela tinta viva da ilusão

Largada no meio da estrada 

Ana Flávia Rocha 

4 comentários:

  1. No meio da estrada tinha um lírio
    e no meio do lírio, uma estrada...
    meu olho cansado desse martírio,
    piscava tristemente sem lágrima,
    até que se me abriu uma nova trilha,
    e essa via era uma flor:
    a flor, o mesmo lírio,
    com um futuro que prometia nada.

    Ainda que eu esteja entristecido,
    fatigado dessas retinas tão vividas
    em cada lírio haverá uma estrada
    e a cada passo, um degrau de escada.

    ResponderExcluir
  2. Um orfanato, um pouso, uma comunidade libertária!
    Criarei um lindo recanto
    para nele acolher o mais belo e comovente espetáculo humano:
    "uma mulher pintada pela tinta viva da ilusão
    largada no meio da estrada"
    E colo e carinho
    E suco de maçã
    E canto de passarinho bem cedinho da manhã
    E acabou chorare...

    ResponderExcluir
  3. Rara Fênix,
    Seus comentários me instigam
    Seu nome um mito
    E você, um enigma.
    Obrigada

    ResponderExcluir