quinta-feira, 26 de julho de 2012

Conclusão

Quão dementes e lascivos são os desejos de quem sente a solidão
Pensamentos preenchidos de fantasias e ilusão
Que despertam mil possibilidades de viver uma paixão
A dois, a três, a quatro...
Fazendo dos conhecidos fieis desconhecidos
Inventando quem representem pais, primos e irmãos

Quão culpada me sinto quando penso nas proibições
Fui isolada e castrada das sensações
Que brotavam naturalmente
Na mente inocente
De uma pequena menina
Que gostava de brincar sozinha

Ana Flávia Rocha

2 comentários:

  1. A brincadeira solitária
    e o prazer de imaginar
    vão juntas de par em par.
    Somente a conclusão,
    a palavra mortífera,
    segue de mão em mão,
    inventando êxtases e línguas
    fadadas ao encontro e à tensão
    ao gozo e à vala comum...

    PS: bom dia, Ana!

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  2. Na solidão é que brotam as recordações mais coloridas...

    Mesmo o fruto que cai e se degenera no solo frio, com a primavera, suas sementes ganham a chance de germinar planta nova.

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