Ainda menina, fui ferida na vagina
Negando minha autonomia e energia
E todas as vezes que a sentia pulsar
Olhava para fora com medo de não me controlar
Encarnei meu controle nos falos que tentei possuir
Investindo no estigma de ser boa menina
E agora me olho no espelho e não me reconheço
Não sei quem esse corpo habita
Não há harmonia entre meus desejos
E sinto como se minha casa estivesse vazia...
Tive tanto medo do meu fogo
Que ele acabou por consumir
Toda minha alegria
Ana Flávia Rocha
Veio das trevas inconscientes de Plutão
ResponderExcluirum curandeiro que renasce das cinzas e lambe feridas.
Veio das terras vermelhas de Marte
um guerreiro que atiça o fogo e sopra a brasa.
Veio das brumas róseas de Vênus
uma ninfa que gira no reverso e traz ingênua alegria no coração.
Acabou chorare.
Lindo, adorei!!!! Obrigada, mesmo, muito obrigada!!!
ExcluirBeijos
Menina: Muito bom, principalmente pela criatividade como trabalha as palavras, trtando de questões tão delicadas como a vagina e seu entorno de "proibição e moralidades", constituindo um contorno reflexivo-poético!
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