Sou uma mulher dada a rituais
Acostumei-me a transmutar assim
E à medida que o fogo aceso do meu altar aumenta
Morrem em mim os sonhos e ilusões
Essa chama que crepita no ponto largo e escuro da alma
Ilumina o que sempre escondi de mim:
Nuvens negras que passeiam numa noite enluarada
Não fujas, sombra maldita e abandonada
Pois hoje és querida e desejada
Por alguém que mal conheço
Mas que, cuidadosamente, alimenta esse fogo
Esses dias, essa sombra, esse nada
Ana Flávia Rocha
Amiga, agora tens o nada na boca
ResponderExcluircomo o pescador paciente e lúcido
buscando na imensidão calma do rio
o peixe que só posterga sua fome.
Observa a sombra à beira de si mesma,
vê a fronteira deste teu coração,
sê a ilusão serena dos teus amores
e atira, afinal, com todo teu ímpeto
o anzol no meio da morada do peito
para pescar no lago dos teus sonhos
o fogo de hoje e o nada de tudo...
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Excluiro nada em tua boca é cereja madura
Excluirbalançando-se no galho que murmura,
e, sem agüentar seu peso, a derruba
ao pé de si mesma, onde s'enraíza,
doce, suave, serenamente se deita,
vai machucando a terra, os lábios,
procurando a cura p'ra essa doçura
de viver efêmero e desejar perene;
o fogo da tua boca acende uma dúvida:
seremos a fruta que traz consciência,
ou a boca que morde, o nada que pula?
Ora a fruta, ora a boca, ora o nada...
ExcluirQuem murmura é o silêncio
Que nas entrelinhas dos versos
Traz à consciência
O meu bicho que não cala
O que fala? Não sei...
O que sente? Tampouco sei...
Mas é, e isso basta!!!!
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ResponderExcluirmeus versos na corda bamba
ResponderExcluirvão deslizando pelos dentes
como notas frias de muamba
nesta nossa ponte da amizade:
acho que começo a te entender;
quando dizes 'fogo', és Ana!
quando dizes 'lírio', és Ana!
quando dizer 'nada', és Ana!
quando dizes 'se'. Ainda Ana.
E eu, sem nada o que fazer,
às vezes digo 'Ana', 'amiga',
'nada', 'gata'. Só mesmo Ana
para saber de Ana. Isso basta.
Às vezes a Ana sabe de Ana,
ExcluirÀs vezes não...
Saber de si... dura reflexão
Mas você sabe de Ana, por que sabe que é Danilo.
Seus ecos, meu reflexo.
Por tudo isso, obrigada!!!!
Tenha um bom dia e um beijo, Ana. Desculpe por ser tão prolixo... hehehehehe
ResponderExcluirRituais são uma espécie de tempero que impregna a vida com um gosto inesquecível.
ResponderExcluirDeixo um abraço!