segunda-feira, 30 de abril de 2012
Despedida
sábado, 28 de abril de 2012
Tempo de mudanças
Um grito ecoa em meus ouvidos
Tecendo minha mais doce poesia
Ana Flávia Rocha
terça-feira, 24 de abril de 2012
Sentido das coisas
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Pensou que eu ando só?
Tenho no coração o poema que o poeta soprou em meus ouvidos
O roçar da serpente que acarinha meus pensamentos mais insanos
E meus desejos que apontam tudo aquilo que ainda não sou...
Eu não ando só...
Tenho meus orixás, meus santos e arcanjos e, sobretudo, meu anjo
Alimentos que nunca matam minha fome, que é eterna
E meus sonhos que desvelam tudo aquilo que sou...
Eu não ando só...
Só ando a me reparar no deserto de meus contentamentos
Onde minha fonte é feminina e meu oásis os sentimentos
sábado, 21 de abril de 2012
Dividida - Livremente inspirada em Nietzsche
Titi
Imagina....
Tenho a minha gatinha
Do narizinho pintado e pelos rajados
Que insiste brincar com meus dias marejados...
Ana Flávia Rocha
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Fluir
Sou água que passeia por mundos alheios
Lágrima que rola na face da mulher ausente
Chuva que lava a terra na noite escura
Sou rio que deságua no mar
Pranto que desafoga a dor
Gota que molha a terra
Sou água que flui por entre os dedos dos pensamentos,
Moldando-os no tempo.
Ana Flávia Rocha
quarta-feira, 18 de abril de 2012
As Rosas
Os olhos do tigre na barriga do dragão.
A boca do leão e os dentes do jacaré.
Corpo de onça, rabo de gato, pêlo de macaco.
Patas de cavalo e assas de pássaro...
Pensamento voa pra longe...
Entra no castelo de portas pequenas e seres rastejantes.
Chega estonteante, pisa nas estrelas e emite um som.
Quebra as vidraças, desmonta as pontes e seca o rio.
Silêncio por um momento...
As rosas no jardim precisam brincar e as águas não podem secar.
Jardineiro que não vem. Rosas do além.
Nuvem de papel... Menino azul com sua pipa multicolorida
Voa bicho estranho, entre no castelo de portas pequeninas.
Rasteje como os seres encantados dos castelos mal assombrados...
E os sonhos são morangos mordidos pela cobra que vive no meio do caminho...
E o jardineiro não vem...
As rosas são loucas e amam o jardim.
As rosas não podem ficar sem água.
No castelo de portas pequenas entra o ser
Defronte à lareira lança pelas janelas sem vidraças o fogo da esperança
De um dia o jardineiro chegar.
Mas as rosas, mesmo assim, ainda são felizes.Ana Flávia Rocha
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Senhora do Rosário ...
Gatinha
Queres que escreva algo sobre ti?
Queres compartilhar comigo a angustia e o desespero de viver a incerteza da vida?
Não, talvez não queira nada disso...
Talvez tu queiras somente me despertar desse sonho maluco de achar que a vida tem alguma explicação.
Então gatinha, sente no meu colo enquanto escrevo e me traga o aconchego de que viver é somente sentir e aceitar essa ilusão...
Ana Flávia Rocha
domingo, 15 de abril de 2012
Liberdade
Num mundo tão colorido aos olhos,
Tudo foi perdendo o sentido
Não havia mais objetos a serem tateados
As vozes saiam de sólidas e úmidas paredes
Havia uma caverna escura e fria
Havia medo e solidão
Na retina, a escuridão
Nos ouvidos, estranhas vozes
Nos pés, o improviso
Nos lábios, o silêncio
No coração, amor e ódio
Na alma, desejo e repulsa
E os dias foram passando,
Havia o desconhecido
Havia liberdade
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Travessia
Meu amor é regado a vícios
terça-feira, 10 de abril de 2012
Lorca

"A criação poética é um mistério indecifrável, como o mistério do nascimento do homem. Ouvem-se vozes, não se sabe de onde, e é inútil preocuparmo-nos em saber de onde vêm”








