Despeço-me de ti hoje, ontem e amanhã.
Vagarosamente, carregando um tijolo no peito,
Despeço-me com medo...
Despeço-me do seu corpo, do seu cheiro, do seu gosto.
Silenciosamente, buscando o meu norte,
Despeço-me sem receio...
Despeço-me dos pronomes possessivos, dos nomes carinhosos,
dos poemas saudosos.
Desesperadamente, habitando um corpo vazio,
Despeço-me sem perceber que é de mim que me despeço ao amanhecer...
Ana Flávia Rocha
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